Gravidez na 17ª semana: ómega-3 para o desenvolvimento fetal
Dor abdominal porque o útero está a crescer
Chegou a 17ª semana de gravidez e o seu bebé continua a desenvolver-se e move-se com força dentro do útero. A grávida pode sentir dor no abdómen à medida que o útero cresce. A dieta materna é muito importante para o correto desenvolvimento fetal. Não se esqueça dos ácidos gordos como os ómega-3.
17ª Semana de gravidez: alterações no bebé
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O bebé mede entre 11 a 13 centímetros e pesa cerca de 100 gramas na 17ª semana de gravidez. A sua aparência é cada vez mais semelhante à de um recém-nascido.
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A gordura começa a aparecer por todo o corpo. É chamada de tecido adiposo e é importante para manter o calor corporal e regular do metabolismo do organismo.
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A água faz parte de um terço do corpo do feto nesta fase de desenvolvimento.
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A posição habitual é semi-fletida, com as mãos à altura do queixo e os pés cruzados abaixo da saída do cordão umbilical.
17ª Semana de gravidez: alterações na mãe
O útero está a aumentar
A parte inferior do abdómen já se nota distendida, inchada e perdeu a cintura, embora a roupa de grávida ainda fique um pouco grande, mas é a mais confortável. O útero já mede entre 4 a 5 centímetros e cada vez mais a sua forma é mais oval, deslocando para cima as asas intestinais.
Deite-se de lado quando o abdómen doer
O útero está ligado à parede pélvica por ligamentos chamados ligamentos redondos. Estes ligamentos alongam e engrossam com a gravidez à medida que o útero vai crescendo, e pode desencadear dor ou desconforto a nível abdominal. A dor pode ser localizada em ambos os lados ou apenas de um lado e aumenta com determinados movimentos que expandem e estiram esses ligamentos.
Por isso é importante que quando a dor aparecer se vire de lado e descanse. O importante é que, por mais que lhe doa, o bebé não é afetado. Embora o seu filho se mova cada vez mais, e os movimentos sejam mais fortes, é raro que a mãe o consiga sentir e continua a surpreender-se quando vê o seu bebé mover-se na ecografia da 17ªsemana, porque diz que não sente nada...
O que deve a grávida comer?
Durante a gestação a mãe deve seguir uma dieta equilibrada com uma ingestão adequada de nutrientes. Numa dieta saudável, as proteínas devem contribuir com 10-35% da energia, as gorduras de 20-35% e os hidratos de carbono 45-65%. Qualquer dieta equilibrada é variada e não exclui alimentos. Nas grávidas vegetarianas terá de fornecer a quantidade suficiente de proteínas durante a gravidez para garantir a saúde materna e o crescimento e desenvolvimento fetal. Estima-se que a necessidade na gravidez e lactação materna é de 71 gramas/dia. O valor dietético recomendado de hidratos de carbono para a mulher grávida é de 175 gramas/dia, superior aos 130 gramas/dia da mulher não gestante. Durante a amamentação, o regime alimentar deve fornecer 210 g/dia (320 Kcal/dia adicionais). Para um correto aporte nutricional diário que permita suprir as necessidades nutricionais aumentadas próprias destas fases, a suplementação multivitamínica nas doses adequadas é uma opção prática e eficaz.
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As gorduras alimentares são uma fonte de energia e a fonte dos ácidos gordos poliinsaturados ómega-6 (linoleico) e ómega-3 (linolénico) juntamente com o ácido araquidónico, são os ácidos gordos essenciais. O aporte recomendado de ómega-6 à mulher grávida e lactante é de 13 gramas/dia, o que supõe 5-10% da energia da dieta e de ómega-3 de 1,4 g/dia (0,6-1,2% da energia da dieta). Os mais importantes são os ómega-3, que se encontram principalmente no peixe.
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A ingestão de água recomendada durante a gravidez é de 3,0 l/dia (líquido e alimentos) e de 3,8 l/dia durante a amamentação.
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As necessidades de cálcio das mulheres grávidas e crianças de 14 a 18 anos de idade são de 1300 mg/dia e 19 a 50 anos de 1000 mg/dia. Esta quantidade é atingida por uma dieta que inclua pelo menos três porções de alimentos ricos em cálcio, como lácteos e seus derivados (leite, iogurte, queijo).
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Um copo de leite ou uma fatia de queijo contêm cerca de 300 mg de cálcio. Os suplementos farmacológicos de cálcio devem ser recomendados quando a ingestão por dieta é considerada insuficiente.
Grávidas celíacas ou intolerantes ao glúten?
As grávidas com doença celíaca ou intolerantes ao glúten devem assegurar uma correta absorção dos nutrientes aconselhados, sobretudo o ácido fólico, o ferro e o cálcio. Estas grávidas têm que consumir quantidades adicionais de ferro e folatos, sobretudo as celíacas. Felizmente, os suplementos vitamínicos para grávidas estão isentos de glúten e lactose. O aporte extra de ferro e folatos em gestantes celíacas poderá prevenir algumas complicações tais como: fetos de baixo peso ou partos prematuros.
17ª Semana de gravidez: diagnósticos
Amniocentese
Este teste de diagnóstico - amniocentese, - pode ser realizado a partir da 16ª semana de gravidez. Consiste na colheita de líquido amniótico (cerca de 15 cc) sob controlo ecográfico através de uma agulha fina que é introduzida no abdómen chegando até dentro do útero. O teste dura uns minutos, mas depois deverá estar 48 horas na cama a fazer repouso absoluto. No líquido amniótico existem células fetais provenientes da descamação da pele e das vias urinárias do bebé, que são analisadas microscopicamente, estudando o seu mapa cromossómico e possíveis alterações genéticas.
O resultado serve para descartar as três trissomias mais frequentes (13 ou Patau, 18 ou Edwards e 21 ou síndrome de Down) e leva cerca de 72 horas. Neste resultado também lhe dirão o sexo do bebé. O estudo completo do cariótipo do feto analisando os 46 pares de cromossomas leva entre três e quatro semanas dependendo dos laboratórios genéticos. Este teste é indicado quando os testes de rastreio têm um risco elevado de cromossomopatias, se existe uma malformação detetada por ecografia, quando ambos os progenitores são portadores saudáveis de uma doença genética ou têm um filho afetado por uma doença genética.
Ecografia da 17ª semana: coluna vertebral. Na imagem vemos a coluna vertebral do feto onde se visualizam as vértebras cervicais, dorsais e lombares. Mais abaixo, é percetível a cavidade torácica com o coração e as costelas e cavidade abdominal. Abaixo do feto, o líquido amniótico é visualizado, mas este corte não mostra a cabeça do bebé.
Detetar infeções fetais
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Além de diagnosticar possíveis alterações cromossómicas, a amniocentese também serve para diagnosticar possíveis infeções do feto como a toxoplasmose, a rubéola ou o citomegalovírus.
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É importante informar que a amniocentese não genética só se realiza para diagnosticar infeções fetais, não deve ser feita antes das 20 semanas de gestação. A razão é que nestes casos o que se estuda é a urina do feto, e os bebés não começam a urinar até à 20ª semana de gravidez.
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A percentagem de abortos da amniocentese é inferior a 1%. É necessário assinar um consentimento informando antes de realizar este teste. Como já referido, depois de uma amniocentese deve permanecer 24-48 horas em repouso. Em caso de sangramento ou perda de líquido deverá dirigir-se às urgências.
Nos hospitais públicos, antes de fazer uma amniocentese é necessário passar pela consulta de genética, onde abrirá uma ficha história e se avaliará o risco de ter um filho com uma alteração genética.
A ecografia da 17ª semana de gravidez: perfil do feto.
Podemos observar um bebé com uma idade gestacional de 17 semanas. A imagem ecográfica mostra-nos o corte sagital da cabeça fetal de perfil. Visualiza-se a órbita, o nariz e a boca. Parte do abdómen e da placenta também são visualizados acima da imagem. No líquido amniótico (preto) pode ver parte do cordão umbilical.
Como é a 18ª semana de gravidez
Gravidez 1ª e 2ª semana
Gravidez na 3ª semana
