Gravidez na 3ª semana: Evite tóxicos como álcool e tabaco
Poderá notar um pequeno sangramento. Este está relacionado com a implantação
Na terceira semana de gravidez, o embrião é um grupo de células a multiplicar-se muito rapidamente dentro do útero materno. Após a fecundação do óvulo pelo espermatozoide, fundem-se os dois núcleos, contribuindo cada um com 23 cromossomas com a dotação genética de ambos. Destes 23 pares de cromossomas, o último é composto por cromossomas XY no homem e XX na mulher. Portanto, o seu bebé terá um total de 46 cromossomas com informação genética de ambos os pais.
É importante que saiba que desde o momento da fecundação, já está estabelecido o sexo do bebé, este vem determinado pelo tipo de espermatozoide que fecunde o óvulo: se tiver um cromossoma Y será um menino, e se tiver o cromossoma é X, será menina.
O grupo de células em multiplicação contínua é chamado de zigoto. Do zigoto passa a chamar-se blastocisto, logo de seguida mórula e posteriormente blastocisto. Este chega da trompa de Falópio à cavidade uterina e é implantado na parede do útero ou endométrio uma semana depois de ter ocorrido a fecundação.
3ª Semana de gravidez: alterações na mãe
Algumas mulheres têm uma pequena hemorragia no momento da implantação. Embora geralmente seja de pouca quantidade, às vezes é confundido com uma menstruação. Ainda é cedo para notar um aumento no tamanho dos seios, embora algumas mulheres o refiram. Da mesma forma, pode aparecer cansaço, irritabilidade, mudanças de humor e alguma sensação de náusea.
Gravidez sem álcool e sem tabaco: muito importante
Se for o seu caso, aproveite para deixar de fumar na gravidez e não beba álcool, as repercussões para o bebé podem ser muito graves.
Sem tabaco
O tabaco causa complicações na gravidez, como abortos, rutura de membranas e descolamento da placenta. Além disso, o tabaco aumenta o número de fetos com atraso de crescimento intrauterino e recém-nascidos de baixo peso. Está provado que os filhos das mães que fumam durante a gravidez têm mais episódios de infeções respiratórias, bronquiolite, otite e asma no seu estágio infantil. O facto de ter fumado durante a gravidez aumenta o risco de morte súbita do lactente. Sabemos que a nicotina, o monóxido de carbono e certos fatores mutagénicos e cancerígenos atravessam a placenta e chegam até ao bebé. Estas substâncias foram encontradas no sangue, na urina, na pele e até nos dentes dos filhos de mães fumadoras. A nicotina tem um efeito vasoconstritor a nível da placenta e da circulação fetal diminuindo o fornecimento de oxigénio e nutrientes ao feto.
Foram também demonstrados efeitos adversos nas fumadoras passivas, como prematuridade, atraso no crescimento fetal e infeções respiratórias na criança. Portanto, a gravidez é a melhor desculpa para parar de fumar.
Sem álcool
A ingestão de álcool durante a gravidez aumenta o risco de abortos, descolamento da placenta e parto prematuro. Além disso, a ingestão excessiva de álcool produz no bebé o chamado Síndrome Enólico Fetal que se manifesta com atraso de crescimento, atraso mental com défices motores, anomalias na marcha, no comportamento e alterações na face (cabeça pequena, olhos pequenos e lábio superior fino). É recomendado não beber álcool durante a gravidez.
3ª Semana de gravidez: diagnóstico
Se passaram mais de 10 dias do possível dia da fecundação, o teste de gravidez já pode dar positivo, mas se durante este período o resultado do teste for negativo não significa que não possa estar grávida (seria um falso negativo), talvez seja demasiado cedo para ser detetado com o teste de urina. Pode também acontecer que a fecundação tenha ocorrido um pouco mais tarde. Através de ultrassonografia também é muito cedo para que se possa detetar quaisquer sinais de gravidez. Talvez possa notar um pouco de tensão mamária ou a sensação de que vai baixar a menstruação.