Gravidez na 9ª semana: dedos do bebé à vista
O embrião mede cerca de 3 cm de comprimento
Barriga evidente com 9 semanas de gravidez?
Na 9ª semana de gravidez começa a notar-se uma pequena barriga de grávida, embora o embrião apenas tenha 3 centímetros de comprimento.
Grávida de 9 semanas: alterações no bebé
O embrião mede cerca de 2 a 3 centímetros na 9ª semana de gravidez e a sua forma é agora muito mais parecida a um ser humano:
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Aparecem as mãos com os dedos e os pulsos, que se situam à altura do coração.
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As pernas alongam-se, dirigem-se para a linha média do corpo e nelas aparecem os pés com os dedos correspondentes.
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A cabeça ainda é a maior parte proporcional ao resto do corpo. A cabeça é mais ereta e com forma arredondada.
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Na cara, as pálpebras cobrem parcialmente os olhos. Os pavilhões auriculares estão bem formados. Vê-se a boca e esta abre inclusive.
9ª Semana de gravidez: sintomas da mãe
É normal que continue a sentir alguma dor pélvica e ligeiras contrações já que o útero continua a crescer. Vai notar uma pequena distensão da barriga e aumento da cintura. As roupas vão começar a ficar apertadas. Começa a aumentar o volume sanguíneo, embora o maior aumento ocorra no segundo trimestre, e continua de forma menos rápida no terceiro trimestre. Este aumento no volume sanguíneo ocorre para cobrir as necessidades de um útero em contínuo crescimento.
Gravidez na 9ª semana: Diagnósticos
Análises de sangue e urina
Para muitos médicos este é o momento mais aconselhável de realizar os primeiros exames de sangue e urina. De um modo geral, realizam-se três vezes em toda a gravidez, uma por trimestre. O intervalo entre uma análise e outra vai depender se a grávida tem alguma doença ou situação clínica, como diabetes mellitus ou anemia, que tenha que ser vigiada.
Hormonas da tiroide TSH e T4 livre
Atualmente é recomendada a monitorização de hormonas da tiroide TSH e T4 livre para diagnosticar possíveis hipotiroidismo ou hipertiroidismo gestacional.
Se a TSH está acima dos valores normais, é diagnosticado hipotiroidismo, embora a T4 livre possa estar normal. Nesse caso, ser-lhe-á prescrito a toma de hormona da tiroide em jejum durante a gravidez para evitar complicações maternas e para que o bebé não tenha hipotiroidismo congénito no nascimento. Após o diagnóstico de hipotiroidismo, as hormonas da tiroide serão controlados mensalmente até que se normalizem.
Se a T4 livre estiver normal, e a TSH estiver elevada, deve considerar-se um hipotiroidismo subclínico. Falamos de hipotiroidismo clínico quando a TSH está acima dos valores normais e a T4 livre está abaixo dos valores normais.
É recomendado nestes casos a avaliação dos anticorpos anti-tiroideus (antitiroglobulina e antiperoxidase).
Deve-se consultar um endocrinologista para avaliar e controlar a administração de levotiroxina .
Vitamina D e a Grávida
Durante a gravidez o défice de vitamina D tem sido associado a várias complicações, tanto maternas quanto fetais. O desenvolvimento de hipertensão gestacional e pré-eclâmpsia em grávidas com baixos níveis de vitamina D foi estudado, verificando-se um risco cinco vezes maior de apresentar uma pré-eclâmpsia em grávidas com baixos níveis de vitamina D. A diabetes gestacional também tem sido associada com hipovitaminose D.
Em relação ao feto, o défice de vitamina D tem sido relacionado com o baixo peso no nascimento, restrição de crescimento fetal e alteração no desenvolvimento ósseo. Atualmente não há dados suficientes para recomendar um rastreio de vitamina D a todas as grávidas. Porém, deve ser ponderado nas gestantes com maior risco de hipovitaminose D, como as obesas, as que tenham fatores de risco de pré-eclampsia, pouca exposição ao sol ou as que tenham sido submetidas a cirurgias gastrointestinais que limitam a absorção. Esta avaliação deve ser efetuada no início da gestação. Na gravidez o nível ideal de 25-hidroxivitamina D é desconhecido, mas deve ser encontrado acima de 20 ng/ml para prevenir as complicações acima descritas.
A suplementação diária das grávidas com vitamina D (colecalciferol ou ergocalciferol) é segura durante a gravidez, sendo preferível o colecalciferol (vitamina D3) ao ergocalciferol (vitamina D2). A dose de vitamina D recomendada por algumas sociedades científicas é entre 400-600 UI/dia. Em gestantes com alto risco de hipovitaminose D ou níveis entre (15-30 ng/ml), aconselha-se aumentar a dose pelo menos até 25 microgramas/dia (1000 UI/dia), e em gestantes com níveis inferiores a (15 ng/ml+) deveriam ser administradas 2000 UI/dia.
A ecografia da 9ª Semana de gravidez
Na ecografia da 9ª semana podemos ver como o embrião se contorce movendo o corpo e os membros superiores e inferiores. Ainda é cedo para determinar o sexo na ecografia, pois os genitais ainda não se formaram.